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Uma análise dos pesquisadores do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz) apontou hoje (26) que nenhum estado apresenta, até o momento, sinais de redução da transmissão de Covid-19, permanecendo com um alto número de casos e óbitos, mesmo depois de passada a semana de máximo número de casos.
Ainda de acordo com os cientistas, essa tendência pode configurar um platô (patamar alto de transmissão, “que pode se prolongar indefinidamente”). A análise também mostra que a epidemia está crescendo nos municípios que são mais dependentes do sistema de saúde dos grandes centros urbanos, que correm o risco de logo ficarem novamente saturados por pacientes das cidades menores, e mais uma vez perto de seu limite de atendimento.
“O que acontece na região metropolitana se repete no interior com duas ou três semanas de atraso. Por isso é importante manter as medidas de isolamento, mesmo depois de passado o “pico” nas capitais”, afirma o epidemiologista Diego Xavier, em comunicado divulgado pela Fiocruz.
Os profissionais ainda alertam que a diminuição dos atendimentos de casos graves e, consequentemente, o aumento da disponibilidade de leitos de UTI não devem ser os únicos critérios a serem considerados para se adotar medidas de relaxamento.