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Metade das cidades grandes do Brasil deixou a quarentena e retomou o movimento normal nos postos de trabalho. A epidemia da Covid-19, porém, só retrocedeu em 43% delas.
Em 171 (53%) dos 324 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, o fluxo de pessoas em seus locais de trabalho na última semana era maior, igual ou até 10% menor do que se registrava antes da pandemia. Os números são fornecidos pelo Google, com base em dados anônimos de localização dos usuários.
Segundo o monitor da Folha, que mede o ritmo de crescimento da epidemia com base em dados dos últimos 30 dias, 57% dessas cidades com aumento no fluxo de pessoas registraram alta acelerada de novos casos ou tiveram um número estável de novos diagnósticos, mas em um patamar considerado elevado.
É o caso de Campo Grande, uma das seis capitais a voltar à normalidade nos postos de trabalho em meio à pandemia. A cidade, que precisou fechar o comércio em julho para tentar diminuir a propagação da doença, hoje se enquadra na categoria estável —quando o número de novos casos é constante, mas ainda em volume significativo.
Manaus, Porto Velho, Boa Vista, Rio Branco e São Luís, que também têm movimento normal, estão reduzindo o ritmo de contágio, mas a situação ainda não está sob controle.
Atualmente, Florianópolis é a cidade com maior isolamento. O fluxo nos postos de trabalho na última semana era 30% menor do que no início do ano. No auge da quarentena, em março, era 71% menor que antes da chegada do coronavírus.
Mesmo Porto Alegre, que enfrenta grande surto nos últimos dois meses, teve aumento de 30% no fluxo de pessoas em relação a março.
A cidade está na chamada bandeira vermelha, segundo o sistema de classificação de risco criado pelo governo do Rio Grande do Sul. Nesse estágio estão cidades com poucas vagas no sistema de saúde e média ou alta propagação do vírus.
São Paulo, que no auge da quarentena, em março, reduziu o número de pessoas nos postos de trabalho em 60%, hoje tem uma redução de 25%.
O retorno à normalidade em meio à Covid-19 é mais forte no interior. Em Nova Serrana (MG), o monitoramento captou um movimento 14% superior aos meses antes da pandemia, maior índice do país.
Folha