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Há cerca de 20 dias, a babá Elânia Correia Santos, 29 anos, começou sentir febre e dores de cabeça, de garganta e no corpo. Passou uma semana desconfiando que estava com dengue, mas no posto de saúde o diagnóstico foi outro: Covid-19. Voltou para casa e foi contactada pelo Centro de Acolhimento para Pessoas em Situação de Vulnerabilidade Social, montado no prédio da antiga EBDA, em Itapuã, na capital, sendo convidada a passar a quarentena no local. Nesta sexta-feira (17), curada, ela volta para casa. A unidade de acolhimento oferece 248 vagas desde o início de abril. Elânia, que passou 15 dias no centro, conta que recebeu o convite para ser acolhida no mesmo dia que saiu o resultado do teste. “No início fiquei com medo de ser um hospital onde eu ia ser entubada, mas a pessoa explicou que não, que aqui eu seria acolhida, para me recuperar mais rápido”. Segundo ela, algumas pessoas têm medo do acolhimento, mas garante: “foi ótimo, o tratamento é muito bom. Tem alimentação na hora certa, horário de dormir, de acordar, não tenho do que reclamar. O pessoal é acolhedor, gostei daqui. Agora eu vou indicar às pessoas que venham para cá”.
Segundo a coordenadora do Centro de Acolhimento e do Núcleo de Desospitalização da Sesab, Nay Wendy, para ocupar a vaga, o paciente precisa testar positivo para o coronavírus e apresentar sintomas leves da doença. “Estamos fazendo uma triagem em busca dessas pessoas que testaram positivo e que estejam em vulnerabilidade social, moradores de rua ou que morem em comunidades carentes, em casas onde não seja possível ficar em isolamento. Essa análise para que a pessoa ocupe uma das vagas é feita nas unidades de pronto-atendimento, ou ainda por telefone, e nós mandamos a ambulância buscar”. Segundo a coordenadora, o acolhimento é muito importante porque é uma forma de se combater a disseminação em massa da Covid-19. “Quando esse vírus chega a lugares onde as pessoas vivem em situação de vulnerabilidade social, sem as condições ideais de higiene, sem saneamento básico, ele se espalha de forma muito mais rápida”, explicou.