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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Num dia de nervosismo no mercado brasileiro, o dólar comercial ultrapassou a barreira de R$ 5,50 e fechou no maior valor nominal – sem considerar a inflação – desde a criação do real. A moeda encerrou esta quinta-feira (23) vendida a R$ 5,528, com alta de R$ 0,118 (+2,19%). A bolsa caiu, depois de passar boa parte do dia em alta.
A cotação iniciou a sessão próxima da estabilidade, mas disparou no decorrer da tarde até fechar na máxima do dia. A divisa acumula alta de 37,75% em 2020. A alta poderia ter sido maior caso o Banco Central (BC) não tivesse intervindo no mercado. A autoridade monetária fez dois leilões de contratos novos de swap – venda de dólares no mercado futuro – e rolou (renovou) contratos de swap antigos que vencerão em junho.
Um dos fatores que impulsionou a cotação foi a declaração dada ontem (22) pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, de que o cenário para a Selic (taxa básica de juros) mudou depois da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Juros mais baixos tornam menos atrativos os investimentos em países emergentes, como o Brasil, estimulando a retirada de capitais por estrangeiros. As tensões políticas internas também interferiram no mercado.
*A informação é da Agência Brasil