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Foto: Reprodução
A prefeitura de Belo Horizonte está abrindo 1,9 mil novos locais para sepultamentos nos cemitérios municipais para suprir o possível aumento de óbitos por causa da covid-19. De acordo com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica da capital mineira, a medida faz parte de um plano de contingência que também inclui a compra de equipamentos de proteção individual para os funcionários e a contratação futura de mão de obra.
“Considerando o cenário de pandemia e as realidades experimentadas em outros estados e países, os cemitérios de BH estão trabalhando em regime de alerta a fim de evitar o colapso do sistema, levando-se em conta que, caso as medidas preventivas não sejam adotadas, podemos experimentar cenários e projeções ruins, como já vem sendo amplamente divulgado pelos especialistas”, informou, em nota a fundação.
A informação, confirmada hoje (29) pela fundação à Agência Brasil, é do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Em vídeo divulgado ontem (28) nas redes sociais, Kalil defendeu a manutenção do isolamento social como forma de prevenção à disseminação descontrolada da doença, disse que “não quer ser o prefeito coveiro” e que fica “horrorizado com a falta de sensibilidade humana de ver covas rasas”.
“Eu tô horrorizado com gente que diz que a gente tem condições de abrir o comércio. Baseado em que? No que estamos assistindo no Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Ceará, Pernambuco? A pandemia vem pra Belo Horizonte”, argumentou, citando estados em que a curva de infecção vem crescendo rapidamente. As cidades mais afetadas pela pandemia estão vivendo já o colapso de seus sistemas de saúde e funerários.
Atualizações e planos para o futuro. https://t.co/JKUi8jVPZB
— Alexandre Kalil (@alexandrekalil) April 28, 2020
O plano da prefeitura de Belo Horizonte abrange os Cemitérios da Paz, da Consolação, da Saudade e do Bonfim, mas a primeira etapa da ampliação contempla apenas os três primeiros. O andamento de outras etapas dependerá dos cenários, que são reavaliados regularmente.
Ainda de acordo com fundação, houve um aumento no número de sepultamentos em março deste ano, comparado a 2019. Em março do ano passado a média diária foi de 25,54 (792 no total) e neste ano de 30,09 (933 no total).
Já a tendência para abril de 2020 é de uma pequena queda, comparado ao mesmo período do ano passado. Os números mostram que a média diária de abril de 2020 – lembrando que as medidas de isolamento foram adotadas em 17 de março – está em 26,07 (730 no total), considerando levantamento até o dia 27, e em abril de 2019 foi de 26,73 (802 sepultamentos no total).
“Essa queda experimentada em abril, apesar de ainda não nos permitir conclusões diretas sobre os impactos da covid-19, pode ser uma consequência das medidas de isolamento social, que diminuem as contaminações pelo novo coronavírus e, consequentemente, teremos menos casos graves a serem tratados nos hospitais que poderiam culminar em óbitos, mas também podem contribuir para baixar o número de mortes relativas a acidentes de trânsito e crimes violentos, por exemplo. Esse cenário de diminuição de outras causas de internação e de óbitos que não o covid-19 dá fôlego aos hospitais e cemitérios para focar nas demandas geradas pela pandemia”, explicou o órgão da prefeitura.
*A informação é da Agência Brasil